ABSTRACT
ABSTRACT Objective: To determine the condition of oral hygiene, dietary habits and prevalence of dental caries in adolescents, listing these habits and comparing residents from rural and urban areas. Methods: Cross-sectional study involving of 623 adolescents of both sexes, aged 12 to 17 year old in Santa Cruz do Sul, Brazil. Data were collected through sociodemographic questionnaires and dental examination. We conducted a descriptive analysis of the exposure variables and outcome. A bivariate analysis was then performed using the Chi-square test. Results: The prevalence of caries was 63.6%, in which adolescents living in rural areas had a prevalence of 70.7% and 56.4% in the urban area. The level of mother's education ≤4 years and socioeconomic class B1/B2 and C1/C2 showed statistically significant differences between the areas of residence. Among the demographic variables, the rural area showed a higher prevalence of caries. Conclusion: The results showed a high prevalence of dental caries among the adolescents studied and indicate a correlation between prevalence and the low level of mother's education, socioeconomic status (low to medium) and residence in rural areas. It should be understood that, while the multifactorial nature and stratified caries actions are not taken into consideration, the actions implemented will continue to fail, frustrating the expectations set by government entities.
RESUMO Objetivo: Verificar a condição de higiene bucal, hábitos alimentares e prevalência de cárie dentária em adolescentes, relacionando tais hábitos e comparando residentes da zona rural e urbana. Métodos: Estudo transversal, composto por 623 adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 12 e 17 anos do município de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados foram coletados através de questionários sociodemográficos e exame clínico odontológico. Realizou-se análise descritiva das variáveis de exposição e desfecho. A análise bivariada foi realizada através de teste de qui-quadrado. Resultados: A prevalência de cárie foi de 63,6%, na qual os adolescentes da zona rural apresentaram prevalência de 70,7% e os da zona urbana 56,4%. O grau de instrução materna ≤4 anos e a classe socioeconômica B1/B2 e C1/C2 apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre as zonas de moradia. Entre as variáveis demográficas, a zona rural apresentou maior prevalência de cárie. Conclusão: Os resultados evidenciaram alta prevalência de cárie entre os adolescentes e indicam uma correlação da prevalência com a baixa escolaridade materna, classe socioeconômica (média a baixa) e a residência na zona rural. Deve-se compreender que, enquanto não for levado em consideração a multifatoriedade e a ação estratificada da doença cárie, as ações implementadas continuarão falhando e frustrando as expectativas estabelecidas pelas entidades governamentais.